Olá mamães e papais,
Quando recebi o convite da Aldora`s para contribuir com o
Blog, fiquei pensativa quanto aos temas a abordar! Surgiram varias reticências
em meus pensamentos, muitas pela dificuldade que enfrentamos na educação das
crianças atualmente, outras na dificuldade dos pais em assimilarem seu papel e o
exercerem com propriedade, outras tantas por várias brechas que o
desenvolvimento humano (principalmente o psicológico) nos impõe. Também estas
mesmas reticências acentuaram a vontade de trocar ideias sobre a maravilha do
desenvolvimento infantil e o quanto nossas fofurinhas nos ensinam a ensinar!
Com alguns anos de estrada atendendo crianças e seus pais,
escuto suas dúvidas e medos, vindo a manter constante a busca por conhecimento
no vasto mundo dos babys. Então vamos lá conversar sobre nossos pequenos!!
Começando pelas reticências.... Filhos....como é bom e como
dá medo!! Já ouvi diversas vezes esta frase em meu consultório e também nos
cursos para Gestantes. Aí que medo danado quando aquele presentinho tão
desejado, tão amado, chega aos nossos braços, coração, lares e cabeça! É comum perguntarem se junto com o bebê não vem
um manualzinho básico de como “criá-los”. A dualidade de amor e dúvidas causa
medo e desperta emoções até então não sentidas pelos pais. Queremos um caminho em
busca de luz quando nos vemos no escuro!
Calma!! Estamos aí para orientá-los! É claro que em um
primeiro momento os cursos, os preparos, os conselhos dos mais experientes,
tudo isto parece conto da carochinha diante dos desafios de entender a
linguagem deste serzinho misterioso. Várias vezes repetimos que para cada bebê
que nasce, nasce também uma mãe, um pai, uma avó, um avô... nasce uma nova
família!!
Toda a família precisa de tempo para conhecer seu novo
integrante e aprender a lidar com suas demandas. A convivência e as descobertas
formam os laços necessários para a composição dos amores, do carinho e também
para a decomposição dos temores, das angústias. A mãe inicialmente tem uma
enorme vantagem na formação dos laços com seu filho. É ela quem nutri, sente,
protege, conversa mentalmente, transforma seus desejos em ações em prol do
bebê.
O vínculo que se cria é a relação de amor, cuidado, empatia e
generosidade que se estabelece entre a mãe o bebê antes mesmo de seu
nascimento. Ainda na gestação, os pais depositam suas expectativas no bebê, para
que possa personificar seus anseios. Em muitos casos esta responsabilidade fica
pesada para a criança ao nascer, dificultando seu processo de formação! Imagina
o quanto emocionalmente isto não afeta seu desenvolvimento! Somos ser humanos
carregados de desejo, e a possibilidade de concretiza-los através de um filho,
irrompe a barreira do inconsciente se transformando em ações que fogem da
naturalidade da educação. A criança é um outro ser que nem sempre irá
corresponder a expectativa dos pais. Ixi, então há uma dificuldade a vista... Este
será nosso próximo tema de conversa!!
Até lá pessoal!!
Beijos
Tatiana Del Caro
(Psicóloga clínica)
Parabèns!
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